terça-feira, 25 de outubro de 2016

Inteligência Emocional: Você sabe como usá-la?

Atualmente, os conselhos que a sabedoria popular dá aos pais em relação à educação infantil não mencionam o mundo da emoção. Eles se fundamentam em teorias educativas que abordam o mau comportamento infantil, mas não dão importância aos sentimentos que estão por trás deste mau comportamento. No entanto, o objetivo primordial da educação infantil não deveria ser apenas formar crianças obedientes e cordatas, mas sim pessoas direitas e responsáveis que contribuam para a sociedade, que sejam suficientemente fortes para fazer suas próprias escolhas, que gozem o que conquistaram com o próprio talento, que aproveitem a vida e os prazeres da vida, etc.
De acordo com esta teoria, podemos preparar nossos filhos para serem inteligentes emocionalmente.
E como se pode ser um preparador emocional?
Gottman define 5 passos da preparação emocional.
1º) Perceber a emoção da criança ® Quando vemos nossos filhos irritados ou nervosos por alguma coisa aparentemente sem importância, às vezes é bom tomar distância e olhar de uma perspectiva mais ampla para o que está acontecendo com eles. Se desconfia que seu filho está triste, irritado ou com medo, é bom tentar colocar-se no lugar dele, ver o mundo da perspectiva dele.
Ao se comover por causa de uma criança, sentindo o que ela está sentindo você está tendo empatia, que é a base do trabalho de preparação emocional.
2º) Reconhecer a emoção como oportunidade de intimidade ® Alguns adultos tentam ignorar os sentimentos negativos da criança esperando que eles passem, mas não é assim que as emoções funcionam.
3º) Escutar com empatia, legitimando os sentimentos da criança ® Quando o adulto começa a perceber oportunidade de se aproximar da criança e ensiná-la a buscar soluções para os problemas, ele está pronto para dar o passo talvez mais importante do processo de preparação emocional: ouvir com empatia.
4º) Ajudar a criança a nomear e a verbalizar as emoções ® Nesta etapa o adulto ajuda a criança a nomear o que está sentindo: sono, raiva, tristeza, ansiedade, medo, etc.
5º) Impor limites e, ao mesmo tempo,  ajudar a criança a resolver seus problemas ® Depois que a criança verbaliza a emoção que está sentindo, ela entra num processo de solução de problemas.
Após identificar e verbalizar a emoção por trás de um comportamento inaceitável, o adulto pode fazer com que a criança compreenda que certos tipos de atitudes são inadmissíveis. Como ensina Ginott, é importante a criança entender que seus sentimentos não são o problema, seu mau comportamento é que é.
Experimente! Você vai se surpreender!



Fonte: GOTTMAN, John. Inteligência Emocional e a Arte de Educar Nossos Filhos. Rio de Janeiro: Objetiva, 1997.

Luciana Bairral Manzini - Psicóloga Clínica

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Dislexia: O que você sabe sobre ela?

Muito se fala atualmente sobre as
dificuldades apresentadas pelas crianças quanto à leitura e a escrita na escola. Desinteresse e falta de envolvimento com as tarefas escolares podem sinalizar que algo não vai bem. Uma destas dificuldades é a dislexia. Mas o que você sabe sobre ela?
A dislexia corresponde a uma perturbação da leitura e da escrita e é aplicável a uma situação em que a criança é incapaz de ler com a mesma facilidade com que lêem as crianças do mesmo grupo etário, apesar de possuir inteligência normal, saúde e órgãos sensoriais completamente funcionais, liberdade emocional, motivação e incentivos normais, bem como instrução adequada.
Para a Lingüística, a dislexia é um fracasso inesperado (defeito) na aprendizagem da leitura escrita. São possíveis causas (hipóteses):
  • Déficit perceptivo;
  • Déficit fonológico;
  • Déficit na memória;
  • Déficit de ordem pedagógico-lingüistico;
  • Genética;

Deve se observar os seguintes sinais e sintomas:
- Disgrafia e disortografia: erros por confusões na proximidade espacial ( p, b, d, q, n, u, w, m, a, e, etc), letras simétricas (a/o, c/o, f/t, e/c, etc), confusão por rotação e inversão de sílabas (me/em, sol/los, etc), omissão de grafemas e sílabas.
- Dislalias: confusão por proximidade articulatória e seqüelas da fala (d/t, f/v, p/b, k/g, etc).
- Alteração da memória de séries e seqüências;
- Orientação Direita/Esquerda;
- Alteração de linguagem escrita;
- Discalculia (dificuldades em cálculos)
- Confusão com as tarefas escolares;
- Pobreza de vocabulário;
- Escassez de conhecimentos prévios (memória de longo prazo);
- Alteração na relação figura-fundo;
- Conflitos emocionais;

Como atua o professor ?


O professor é a grande chave de um bom resultado nos trabalhos com distúrbios de aprendizagem, pois, geralmente, percebe o problema e solicita avaliação. Vale ressaltar o valor dos professores da Educação Infantil e do 1º ano, pois são eles que deveriam estimular todo o modelo e embasamento das noções primordiais como: orientação espaço – temporal, coordenação viso-motora, dissociação de movimentos necessários (mão/punho), noção direito-esquerda, seqüências, grafia das letras, postura, etc. É a partir de tudo isso bem estruturado que poderemos avaliar se há ou não déficits. 

Cristina Lobato de Oliveira - Fonoaudióloga

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Educação empreendedora na família

Quando falamos em Educação Empreendedora estamos falando de preparar nossos filhos para as novas exigências da vida. Atualmente a realidade social exige que nós sejamos criativos, persistentes, flexíveis e acima de tudo competentes. E como ser competente? Como preparar nossos filhos para esta sociedade?
Maria Tereza Maldonado, em seu livro: “Cá entre nós – Na Intimidade da Família”, fala sobre as modificações na educação que possibilitam preparar nossos filhos para este mercado de trabalho tão competitivo.
Segundo ela, a família deve desenvolver com firmeza as questões que envolvem limite. A falta de limite resulta em sensação de vazio e insatisfação e por isso, os pais devem buscar coerência entre palavras e ações, levando o filho a pensar sobre a conseqüência dos seus atos, o que se torna mais eficaz do que o castigo.
Desenvolver a relação de troca, permitindo experimentar a bondade, a gentileza e a tolerância assim como ser flexível, leva a criança a aceitar uma impossibilidade e se interessar por outras alternativas possíveis.
Maria Tereza Maldonado chama a atenção para o efeito caleidoscópio, que se trata de desenvolver a flexibilidade para olhar os mesmos fatos sob os diferentes ângulos, aumentando a possibilidade de alterar a qualidade de vida de pessoas, empresas e comunidades.

“Em épocas de crise, uns choram e outros vendem lenços”.

É isso aí! Então, arregace as mangas e mãos à obra: nossos filhos precisam experimentar ver o mundo de outra maneira e encontrar confiança e sustentação na sua própria vida, para que estejam preparados para as mudanças sociais.


FONTE: MALDONADO, Maria Tereza. Cá entre Nós – Na Intimidade das Famílias. São Paulo: Integrare Editora, 2006

Bem-vindos!

Estamos chegando aqui na área. Este blog foi feito para divulgar textos que sirvam para refletir sobre a educação, sobre crianças, sobre crescimento e aprendizado. Esperamos abrir um espaço gostoso de discussão e trocas. Sua contribuição é sempre bem-vinda! Sinta-se a vontade para participar através dos comentários. Esperamos por você!